O alto consumo de adoçantes artificiais pode causar aumento de peso. Isso ocorre porque a ausência de sacarose (açúcar comum) no sangue faz com que o cérebro estimule a compulsão por doces e carboidratos simples.
"Se o açúcar for utilizado de forma correta levará a uma série de vantagens ao paciente, inclusive saciando a compulsão por doces. Portanto, é melhor administrar a ingestão do açúcar natural do que se intoxicar e causar danos a nossa saúde com o uso abusivo de adoçantes", diz Edson Credidio, médico nutrólogo e especialista em gestão da qualidade e segurança dos alimentos pela Unicamp.
As pessoas que precisam substituir o açúcar comum por adoçantes não calóricos devem ficar atentas. Se não for possível cortar definitivamente os adoçantes do cardápio, pode-se adotar uma rotina alimentar em que a presença dele seja a menor possível.
O médico Edson Credidio dá algumas dicas:
Consulte um nutrólogo ou um nutricionista para desenvolver um plano alimentar personalizado; nunca siga as dietas da moda.
Limite o consumo de gordura saturada, muitas vezes presente com o açúcar em alguns alimentos doces.
Aprenda a ler a tabela nutricional nos rótulos dos alimentos para saber quanto ele tem de gordura, proteína e carboidrato.
Coma frutas variadas, legumes, produtos lácteos de baixas calorias e alimentos com grãos integrais diariamente.
Alterne sempre o adoçante utilizado para não ter o fenômeno de intoxicação ou de acumulação.
Pacientes portadores de hipertensão arterial e insuficiência renal devem se ater à quantidade de sódio de cada adoçante.
Quantidades excessivas de substitutos de açúcar podem causar também diarreia, como no caso do sorbitol, e os diversos transtornos anteriormente relatados. Portanto, devem ser usados como medicamento e com orientação médica.
Devemos utilizar carboidratos complexos em vez dos simples e de forma balanceada, respeitando nossos mecanismos fisiológicos de saciedade.
Sugestões de adoçantes naturais que podem substituir a sacarose e os edulcorantes sintéticos: malte ou mel de arroz; malte de cevada; purês, manteigas ou pastas de frutas secas ou cozidas; amasake (adoçante tradicional no Oriente, produzido a partir de diferentes cereais, geralmente arroz integral); frutose; sumo de fruta concentrado; mel e melaço.
Fonte de pesquisa: Terra Saúde.