O alho (Allium sativum) tem ação antibiótica, anti-inflamatória, antimicrobiana, antiasmática, antioxidante, anticancerígena, entre outras, além de ser protetor cardiovascular.
O alho reduz pressão alta e previne arteriosclerose; auxilia na dissolução de cálculos renais; tem efeito tônico sobre pessoas enfraquecidas; previne gripes e resfriados; poderoso desinfetante, ajuda na expulsão dos vermes; age na bronquite, diarreia, calcificação das artérias, vermes intestinais, hemorroidas, varizes, enfermidades dos rins, da bexiga e da vista, dores de cabeça, enxaqueca, obesidade, hidropisia, tumores, herpes, afecções da pele, melancolia, histeria, reumatismo, gota, hipocondria, problemas respiratórios, palpitações cardíacas, sensação de medo, inflamações da mucosa, menopausa, tifo, prisão de ventre, paralisação do fígado e do baço, perturbação do metabolismo, nefrite, desarranjos estomacais, falta de apetite, tosse, rouquidão, catarro, nervosismo, abcessos pulmonares, asma, problemas circulatórios, pressão alta, diabetes. Estudos comprovam a sua eficácia em câncer da mama e da próstata.
Pesquisas recentes identificaram que o alho possui ainda diversas propriedades, entre as quais se destacam as antimicrobianas, antineoplásicas, terapêuticas contra doenças cardiovasculares, imunoestimulantes e hipoglicemiante.
Pasteur relatou, em 1858, a atividade antibacteriana do alho, que tem sido confirmada por diversos autores até hoje. Em laboratório, mediante diluição em série, o extrato fresco de alho mostrou ser capaz de inibir o crescimento de 14 espécies de bactérias, entre as quais o Stafilococcus aureus, Klebsiella peneumoniae e Escherichia coli, que são bactérias potencialmente maléficas à saúde. Isto ainda se deu mesmo usando o extrato de alho diluído 128 vezes.
Uma solução de 5% preparada com alho fresco desidratado mostrou atividade bactericida contra Salmonella typhimurium. Isto é atribuído à alicina, o componente-chave da atividade antimicrobiana, que também é responsável pelo odor característico do alho. A atividade antimicrobiana do alho é reduzida com sua fervura, pois a alicina é desnaturada durante o processamento térmico.
O alho ainda tem se mostrado ser capaz de combater o Helicobacter pylory, a maior causa de dispepsia, câncer gástrico e também de úlceras gástricas e duodenais. Foi observado recentemente que 2g/L de extrato de alho inibe completamente o crescimento do H. pylori. Os autores concluíram que este efeito bactericida pode contribuir para prevenir a formação de câncer gástrico.
O efeito anticancerígeno do alho parece estar ligado à estimulação da enzima hepática glutationa S-transferase, envolvida em processos de desintoxicação de muitos carcinógenos.
O que mais se destaca na composição nutricional do alho são os altos teores dos elementos zinco e selênio, metais antioxidantes. No organismo humano, estes nutrientes estão envolvidos no funcionamento do sistema imunológico.
Diversos são os estudos que têm identificado baixos níveis sanguíneos tanto de selênio como de zinco em pacientes portadores de patologias como a aids, cujo sistema imunológico encontra-se gravemente debilitado. A prescrição dietoterápica atualmente feita para tais pacientes preconiza o consumo de alho, entre outras coisas. Há estudos que apontam uma atividade antiviral do alho. Neste sentido, seu consumo também é indicado para casos de resfriado, gripe e nas viroses em geral.
Na prevenção de doenças, o alho também tem merecido destaque. Recentemente, um estudo epidemiológico efetuado em duas regiões distintas da China, uma que emprega o alho na culinária e outra que não o utiliza, mostrou que a região que usa regularmente o alho tem menores índices de morbidade e de mortalidade em relação à região que não utiliza o alho na alimentação.
O alho ainda possui propriedades hipoglicemiantes. O extrato de alho reduz significantemente a glicose sanguínea. O mecanismo provável desta atuação se deve, ao menos em parte, ao estímulo à secreção de insulina pelas células ß do pâncreas.
Modo de usar
O alho deve ser consumido cru, pois, após ser aquecido ou transformado, perde ou transforma suas propriedades benéficas. No caso das cápsulas – extratos prensados a frio, macerações ou alho envelhecido – têm eficácia comprovada e ultrapassam as outras apresentações devido ao aumento da concentração das substâncias ativas.
A recomendação é de 500 a 1000mg de óleo de alho por dia, como efeito protetor, ou de 1 a 2 dentes crus e frescos por dia, que podem ser ingeridos com água, chá ou suco. Pode-se também tomar a água de alho, enchendo um copo de água e acrescentando um dente de alho picado. Tomar essa água aos goles durante o dia, acrescentando mais água. Ao fim do dia, descartar o alho. A ingestão com leite deve ser evitada, pois o leite cria muco no organismo.
O uso excessivo ou em dose elevada do alho pode causar má digestão e irritabilidade da mucosa gástrica. Ele deve ser evitado quando se tomam drogas sintéticas. Não devem usar o alho pessoas alérgicas a essa erva, grávidas, lactentes e crianças até 4 anos. O alho também deve ser evitado em casos de pré e pós-operatório, pois tem efeito antiplaquetário.
Fonte: Bianca Terapeuta (texto adaptado)