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Queijo coalho previne câncer e outras doenças, aponta estudo

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Trombose, ataques cardíacos e derrame também podem ser evitados com o consumo constante do queijo

Quando o assunto é queijo, os pernambucanos têm do que se orgulhar. O coalho, típico da culinária do Nordeste, além do sabor marcante e da já conhecida versatilidade na cozinha, é um alimento funcional, ou seja, previne doenças como o câncer. Foi o que concluiu uma pesquisa pioneira da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que analisou o laticínio de seis cidades do Agreste do Estado.

Trombose, envelhecimento, ataques cardíacos, derrame e arteriosclerose também podem ser evitados com o consumo constante do queijo. Ele ainda auxilia o corpo na absorção de zinco – importante para a reprodução celular e a ativação de enzimas – e regula a flora intestinal. Resultado do doutorado do biólogo Roberto Afonso, pós-doutorando do Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami (Lika), da UFPE, o estudo apontou que o tradicional processo de fabricação do coalho é o que o torna tão especial.


Estudo concluiu que o coalho é um alimento funcional

“Durante a coagulação do leite, quando solidifica com ajuda de enzimas, são liberadas substâncias (peptídeos bioativos) cujas atividades se assimilam à de muitos medicamentos e conferem ao coalho propriedades antioxidantes”, explica Roberto. Para chegar a essa conclusão, foram avaliados queijos tipo B (aqueles fabricados com leite “cru”, não pasteurizado) coletados de produtores artesanais nos municípios de Correntes, São Bento do Una, Venturosa, Capoeiras, Arcoverde e Cachoeirinha.

As amostras passaram por análises microbiológicas e físico-químicas e obedeciam aos critérios exigidos para o consumo humano. Os queijos dessas regiões, diz Roberto, são facilmente encontrados nas padarias e supermercados e o processo artesanal utilizado é fundamental para as funcionalidades do alimento. “Muitas pessoas pensam que não há higiene na produção, mas nem sempre é a fabricação que contamina alguns queijos”, esclarece. O transporte e o armazenamento contribuem para a transmissão de doenças, por isso, ele alerta, é preciso se certificar sobre o fornecedor do laticínio.


FABRICAÇÃO – O queijo coalho surgiu há décadas, quando os sertanejos, ao armazenarem água e leite em estômago de animais durante viagens, notaram que o laticínio se transformava em uma pasta saborosa. O processo acontecia por causa de enzimas digestivas ainda existentes no órgão. Hoje a produção é feita com a ajuda de uma enzima criada em laboratório chamada de coalho industrial. Ao ser misturado a ela, o leite coagula e resulta em uma massa que é salgada e prensada.


Observação: Quem tem alergia ou intolerância ao leite deve evitar queijo e outros laticínios.

Fonte: NE 10

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