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Conhecer a si mesmo ajuda a ser feliz

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Técnicas como o processo hoffman de quadrinidade e a constelação familiar ajudam homens e mulheres a rever suas histórias de vida, curar as dores e a reconciliar-se consigo mesmos

Livros de autoajuda e autoconhecimento estão sempre nas listas dos mais vendidos. Nos consultórios, psicólogos têm recebido bastante gente interessada em cuidar do bem-estar emocional. O melhor é que, cada vez mais, as tradicionais sessões de terapia são complementadas com técnicas que facilitam as descobertas internas. Respiração holotrópica, constelação familiar, processo hoffman de quadrinidade e cristaloterapia são alguns desses instrumentos. Quem já os utilizou garante que as transformações são mais rápidas e intensas.
Em comum, essas técnicas focam na investigação do passado, no que herdamos de pai e mãe e na influência que episódios aparentemente sem importância têm em nossa vida. “A constelação familiar possibilita, de modo simples e objetivo, reconhecer os movimentos do sistema familiar que têm impacto na vida cotidiana, promovendo o realinhamento e ampliando a percepção de vida”, explica a terapeuta Ana Estrela.
Criado pelo alemão Bert Hellinger na década de 70, o método, realizado em grupo, favorece o enfrentamento de problemas profissionais, financeiros, familiares e até casos pontuais, como perdas e acontecimentos trágicos. Diz-se que a pessoa que fará o processo será constelada. Ela elege um problema que deseja abordar e o expõe sucintamente para o grupo. Em seguida, um dos participantes representa o constelado. Outros, conforme a escolha do constelado, incorporam o papel das pessoas envolvidas em sua história.
De fora, observando o comportamento do grupo (e logicamente o seu problema) e a atuação do terapeuta (que, conhecendo mais a fundo o problema, conduz a sessão), o constelado enxerga melhor o que impede seu crescimento.
A respiração holotrópica também é realizada coletivamente, com a diferença de que cada participante está centrado em suas questões. Por meio de diferentes ritmos de respirar – mais lentos e mais acelerados – atingem-se estágios não usuais de consciência (o que não significa que a pessoa fique inconsciente).
Desenvolvida pelo psiquiatra checo Stanilav Grof também na década de 70, a respiração holotrópica surgiu a partir da experiência que ele teve com pacientes, nos Estados Unidos, que usavam ácido lisérgico. Cada sessão dura em média três horas. O número de participantes é variável.
No processo hoffman de quadrinidade, o objetivo é equilibrar o que o criador do método, o americano Bob Hoffman, chama de quadrinidade: espírito, corpo, intelecto e emoção. Bastante intenso e profundo, o processo acontece durante oito dias. Nesse período, os participantes ficam isolados em um local afastado dos grandes centros urbanos, sem nenhum contato com o mundo exterior (são proibidos bebidas, telefone, televisão, computador e qualquer outro meio de comunicação).
Assim como na respiração holotrópica, o hoffman acontece em grupo, mas a experiência é individual. Quem participa faz uma viagem mental (e emocional) que começa no útero da mãe e vai até a idade atual. Nesse percurso, a investigação permite que se enxerguem as influências da mãe e do pai e o que eles passaram de positivo e negativo. Realiza-se, depois, uma limpeza, na qual o que merece ser preservado dessa herança é ressaltado e o que faz mal, descartado. Observam-se, ainda, as qualidades e defeitos da pessoa adulta. E, mais uma vez, enfatiza-se o que é bom e despreza-se o ruim.

Texto resumido. Fonte: Jornal do Commercio, Recife, 27 de junho de 2010, Revista da TV.

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