Os países do Terceiro Mundo são os principais mercados para a indústria de defensivos agrícolas.
O Brasil, por exemplo, é um dos maiores consumidores de agrotóxicos no mundo, movimentando US$ 2,5 bilhões ao ano, com um volume de 250 mil toneladas de produtos utilizados.
Existem no mundo 20 grandes indústrias do setor, das quais 8 atuam no Brasil
Nos países desenvolvidos é diferente, porque as restrições ao uso de agrotóxicos são mais severas. Não é para menos: os habitantes são bem-informados e escolarizados.
Só para se ter uma idéia da grandeza do problema, no ano passado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) analisou, em vários Estados brasileiros, dez vegetais, a fim de saber os níveis de agrotóxico.
O pimentão e a uva (ver relação abaixo) são os alimentos que mais apresentaram amostras irregulares em relação a resíduos de agrotóxicos.
As hortaliças e frutas continham resíduos de agrotóxicos com a função de INSETICIDAS, ACARICIDAS e FUNGICIDAS.
No meio ambiente os resíduos de agrotóxicos contaminam o solo e a água dos açudes e rios, além de animais.
Nos seres humanos, pode afetar a saúde do aplicador do produto e do consumidor.
Existe comprovação de que alguns pesticidas provocam doenças autoimunes, como lúpus, alergias, câncer e doenças neurológicas.
Diante de tantas evidências, por que será que não se investe pesadamente em agricultura orgânica?
Simples: porque aos grandes laboratórios não interessa a saúde da população.
O que importa é o LUCRO.
Veja agora os dez vegetais mais contaminados e a porcentagem, entre parênteses, de amostras contaminadas:
- Pimentão (80,0%)
- Uva (56,40%)
- Pepino (54,80%)
- Morango (50,80%)
- Couve (44,20%)
- Abacaxi (44,10%)
- Mamão (38,80%)
- Alface (38,40%)
- Tomate (32,60%)
- Beterraba (32,00%)