RenéQuinton (1866-1925) formulou a hipótese de que “a vida animal, que começou comouma célula no mar, manteve através de toda a evolução zoológica as células quecompõem cada organismo num ambiente marinho”.
Issoserve tanto para as espécies marinhas quanto para as de água doce ou terrestre.Esse meio vital é externo nas primeiras espécies (o mar) e interno nas quevieram depois (sangue e linfa).
Quintonconcluiu que a água do mar isotônica (com o teor de salinidade apropriado paraa espécie) pode substituir o meio vital de um organismo. Essa hipóteseextraordinária é confirmada de maneira espetacular por Quinton, que substituipublicamente o sangue de um cachorro pela solução apropriada de água do mar. Nodia seguinte, o cachorro já andava e, oito dias depois, estava completamenteregenerado pela solução injetada. Esse cachorro só morreu cinco anos maistarde, em um acidente.
Oponto fundamental da lei de constância salina de Quinton é que a vida animal(e, portanto, a vida humana) – surgida na água do mar – conservou em todos osorganismos um meio marinho para as células, de maneira que elas continuam aviver como peixes na água do mar.
Devidoa essa identidade entre o meio interno (meio vital) e a água do mar isotônica,é possível estimular as forças vitais de qualquer organismo, regenerando seumeio vital enfraquecido – do qual se nutrem as células – por meio da água domar pura, de composição equilibrada e completa. Assim que o meio vital recuperasua vitalidade original, as células podem novamente retirar dele os elementosnecessários para seu bom funcionamento e vencer as doenças (desequilíbrios doorganismo).
Os dispensáriosmarinhos
Dianteda mortalidade infantil muito elevada (cólera, tifo, diarreia etc.), RenéQuinton criou dispensários marinhos para tratar de lactentes e criançaspequenas. O plasma de Quinton (água do mar isotônica) em injeções era o únicotratamento (acompanhado de uma dieta natural). Os resultados eram imediatos eespetaculares: crianças à beira da morte, recusando qualquer alimentação,comiam em pouco tempo após a primeira injeção do plasma de Quinton e começavama ganhar peso.
Muitoscriticaram a cura marinha de Quinton por ignorância, quando o método foi malusado ou mal dosado, quando a água do mar foi impropriamente tratada ou mesmosubstituída por simples soro fisiológico, cuja composição está longe de ser ado plasma.
Aágua do mar isotônica não trata apenas crianças, embora se tenha dadoprioridade a essas aplicações. Ela produziu resultados notáveis em casos deanemia, doença de pele, tifo, desidratação, distúrbios do sistema nervoso,doenças hereditárias, abortos, problemas intestinais, raquitismo, anorexia,toxemia e também como diluente para antibióticos.
Essapolivalência do plasma se deve ao tratamento do terreno, que é regenerado, nãoimportando qual a doença ou vírus em questão. A pluralidade de efeitos é malvistapela indústria farmacêutica, que produz centenas de medicamentos por moléstia.Ela sofre a concorrência de um produto que, embora não seja uma panaceia, é“policurativo” e custa quase nada.
Diversosmédicos consideram hoje que as doenças chamadas da “civilização” são doenças decarência, resultantes de um meio vital enfraquecido, desequilibrado, incapaz desuprir as necessidades vitais das células que deve alimentar. A medicinaconvencional estimulou o prodigioso desenvolvimento do mercado mundial desangue para transfusões, enquanto o plasma de Quinton constituía umaalternativa mais sadia e eticamente mais aceitável.
Superioridade da águado mar
Aágua do mar isotônica (plasma de Quinton) e hipertônica (Quinton via oral) sãoprodutos insubstituíveis. Por sua própria natureza, estão em osmose com oorganismo e fornecem a totalidade dos oligoelementos, numa dosagem e na forma quecorresponde exatamente ao necessário.
Quintonreproduziu todas as experiências que realizou com o plasma de Quinton comoutros produtos, especialmente o soro fisiológico. Todos os resultadosconfirmaram a nítida superioridade do plasma marinho. Mesmo uma solução de águado mar, obtida evaporando metade de seu volume e depois acrescentando águadestilada, não produz os mesmos resultados como o plasma feito com água do marselecionada e água de fonte. Isso porque os sais na água do mar e em nossoorganismo contribuem para uma ação coordenada.
Fonte:Trechos da revista “Le Lien”, 1990. Retirado de Taps.org (texto adaptado)