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Pressa para quê?

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Algumasideias que certamente fazem parte do repertório diário de boa parte dapopulação são “Corra!”, “Apresse-se!”, “Não perca oportunidades!”, “Não deixepara depois!”, “A hora é agora!”, “Seja o primeiro a chegar!”, “Seja rápido”,“Não perca mais tempo”, “Mantenha-se conectado” e outras sugerindo que se devaestar ininterruptamente atento e vigilante, que no mundo de hoje não se podeviver devagar, que é necessário se atualizar sempre para não ser passado paratrás, que o sucesso no mundo é dos espertos e atentos, que o dinheiro define ovalor das pessoas, etc.

Umafilosofia que já está circulando em diversos países e que vai contra essacorrente do mundo moderno, o mundo da pressa, está impactando e mudando a vidade muita gente e diversas pessoas estão conseguindo resgatar o essencial da suavida, tornando-se mais felizes, plenas, solidárias. Essa iniciativa mundial éum movimento denominado “DEVAGAR”.

Trata-sedo slow movement (movimento"DEVAGAR").

Umdos precursores desse movimento é Jean Carl Honoré, jornalista e escritor, que escreveuo livro “Devagar – como um movimento mundial” e está desafiando a cultura davelocidade, estimulando as pessoas a repensarem os valores que sustentam suas vidas,o que podem cortar na sua rotina e o que dá perfeitamente para viver sem emelhor. Esse livro se tornou best-seller em diversos países.

Paraos que quiserem tentar praticar a filosofia “DEVAGAR”, Carl Honoré enumera umasérie de atitudes necessárias para o bem viver a vida, como:
  
1.A primeira coisa é fazer menos. Olhe para seu calendário e corte as coisas quenão são essenciais, que não são vitais – isso pode significar ver menos TV,reduzir as atividades extracurriculares das crianças, dizer não a algunsconvites sociais, trabalhar menos, permitir-se “jogar conversa fora” com aspessoas, achar tempo livre só para bater papo e dar risadas, trocar abraços comas pessoas que representam afetivamente para si, soltar gostosas gargalhadas,aceitar alegremente “ficar sem fazer nada”, etc. É básico aceitar profundamenteque não podemos fazer nem saber tudo e que precisamos fazer escolhas.

2.Encontre momentos para desligar a tecnologia. Celulares e laptops sãomaravilhosas ferramentas, mas todos nós precisamos de tempo desligados deles.Nós precisamos de momentos de silêncio para recarregar, refletir, acessar nossomundo interno, que é onde estão as poderosas chaves do bem-estar, da plenitude.Até as grandes companhias de tecnologia entendem isso.

3.Inclua no seu dia uma atividade que o force a desacelerar, andar devagar. Podeser qualquer coisa, como praticar ioga, jardinagem, ler um livro, fazer umacaminhada com o telefone desligado, entrar na banheira sem nenhuma pressa parasair, caminhar pelas ruas da sua cidade sem destino, sem nenhuma obrigação esem nenhum objetivo.

4.Finalmente, priorize sempre a qualidade antes da quantidade. Fazer menos (oudeixar coisas de lado) é um preço pequeno a pagar por ter tempo para fazer bemas coisas importantes, desfrutá-las mais e realmente saborear a vida maisinteiro.

Observação

AHewlett Packard fez um relatório advertindo que interrupões eletrônicasconstantes (e-mail, fax) no trabalho faz com que os níveis de QI caiam dezpontos – o mesmo que fumar maconha. Um gerente sênior da IBM lançou ummovimento de "e-mail devagar". Ele recomenda que chequemos menos parasermos mais felizes e criativos. A Orange, uma grande companhia telefônica doReino Unido, está com uma campanha baseada na ideia de que coisas boasacontecem (você se une às crianças, se apaixona, etc.) quando seu telefone estádesligado.


Fonte:Terra Saúde (texto adaptado)

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