Talcomo 75% das pessoas com sobrepeso e obesos nos EUA, um grande número podemestar viciados por maus hábitos alimentares – ingestão demasiada de hidratos decarbono ou da proteína chamada glúten, que é encontrada no trigo, centeio, cevadae aveia.
Comoqualquer vício, esses desejos são insalubres e problemáticos. Eles tomam a forma de um desejo irresistívelpor comidas ricas em carboidratos, como sobremesas, doces e junk food ouprodutos como cereais, pães e massas.
Alimentosricos em carboidratos compõem uma parte importante da dieta moderna e incluempães, bolos, chocolates, biscoitos, bolachas, bolos, frutas e suco de frutas,sorvetes, batata frita, batata, biscoitos, arroz, bolo, pipoca e bebidasadoçadas com açúcar. Além disso, oexcesso de carboidrato acaba sendo usado como substituto do açúcar. O consumode bebidas alcoólicas e de alimentos contendo glutamato monossódico podeprovocar intensa compulsão por carboidratos, que por sua vez leva ao excesso depeso e à obesidade.
Oglúten pode ter um efeito tão viciante como um agente narcótico. O glúten dotrigo hidrolisado, por exemplo, prolonga o tempo de trânsito intestinal e podecontribuir para o ganho de peso. Os efeitos semelhantes à substância narcóticasobre o cérebro alavancam a compulsão e podem contribuir para o aparecimento dedistúrbios mentais e distúrbios do apetite, que habitualmente acompanham asdoenças ligadas à alimentação. Muitas pessoas sofrem sem suspeitar que estejamviciados em carboidratos, e o próprio diagnóstico é difícil nestes casos. Ovício em carboidratos é, na verdade, causado pelo excesso de insulina, que éliberada pelo pâncreas para a corrente sanguínea quando alimentos ricos emcarboidratos são consumidos. A insulina avisaao corpo que recolha alimentos e, uma vez que o alimento é consumido, enviaordem para armazená-lo na forma de gordura. Excesso de insulina resulta em umdesejo irresistível e frequente de comer.
Otermo científico para essa condição é a hiperinsulinemia reativa pós-prandial.Isso significa que muita insulina é liberada depois de comer. Hiperinsulinemiaresulta da resistência à insulina, um desequilíbrio dos níveis de glicose einsulina. Se não for controlada, a resistênciaà insulina pode resultar em excesso de peso e obesidade, aumentando o risco dedesenvolver uma variedade de distúrbios prejudiciais, tais como:
•O conjunto de fatores de risco cardiovascular, chamado síndrome metabólica(síndrome X), que pode levar a um ataque cardíaco ou a derrames.
•Síndrome do ovário policístico (SOP), uma das principais causas deinfertilidade feminina, bem como numerosos outros sintomas, incluindo problemasde pele, corpo e excesso de pelos faciais e calvície em mulheres.
•Pré-diabete reversível, que, se não tratada, pode levar à diabete tipo 2,irreversível na maioria dos casos. Adiabete tipo 2 pode exigir injeções diárias de insulina e aumentarsignificativamente o risco de cegueira, doenças cardíacas e renais e anecessidade de amputação.
Intolerância aoglúten
Aintolerância ao glúten pode se manifestar de várias maneiras. Você pode ter ouvido falar da doença celíaca,uma reação extrema a qualquer produto que contenha glúten (proteína encontradano trigo e em outros grãos). Os sintomassão crônicos. O sistema imunológico das pessoas com doença celíaca reageseveramente a esta proteína, no entanto, existem milhares de pessoas que sofremreações mais leves ao glúten e nem desconfiam da causa.
Comerglúten pode causar inflamação nas membranas sensíveis da mucosa intestinal, quepode desencadear uma resposta imune. Devido a esta reação imune, os indivíduos experimentam grandes variaçõesde sintomas, como erupções cutâneas, fadiga mental, distúrbios de comportamentocomo hiperatividade em crianças, sintomas gastrointestinais, como diarreia ouconstipação, dores de cabeça crônicas e muito mais.
Muitaspessoas desenvolvem a compulsão por alimentos como uma reação ao consumo deglúten, mas não sabem a razão da sua vontade de comer de forma contínua oumesmo fora de controle. Alguns médicossão desafiados a identificar esta condição e, como resultado, os pacientesmuitas vezes tratam os sintomas e não a causa – a ingestão de glúten. Devido à falta de especificidade naidentificação de seu transtorno, muitas pessoas continuam a comer glúten pordécadas e lutam constantemente com os seus desejos alimentares.
Resistência àinsulina
Ainsulina aumenta a sensibilidade das células, que, por sua vez, dificulta oprocesso vital através do quais alimentos são convertidos em glicose no sangue,passando pela parede celular até ser convertido em energia. A glicose “salta” fora das paredes dascélulas depois de ter sua entrada recusada e “flutua” livre para o fígado, ondeo açúcar é armazenado em células de gordura por todo o corpo através dacorrente sanguínea.
Ossintomas mais comuns decorrentes dessa fome de energia incluem irritabilidade,tremores, cansaço, fome intensa, confusão e dor de cabeça. Como os altos níveis de insulina se mantêm, aglicose fica presa na corrente sanguínea e pode facilitar o aparecimento dapré-diabete de tipo 2.
Pré-diabéticos,que têm níveis de açúcar no sangue superiores ao normal, mas ainda não nointervalo de diabete tipo 2, podem mudar sua condição com uma dietaequilibrada, nutritiva e com exercício físico regular. Você se tornarádiabético se ignorar os sintomas ainda na fase da pré-diabete.
Nãohá atualmente nenhum teste de sangue que determine se você está carboviciado.Os níveis de insulina de jejum não necessariamente preveem como seu corpo vaireagir depois de comer alimentos ricos em hidratos de carbono e os testes detolerância à glicose usando bebidas altamente açucaradas não são o equivalenteaos carboidratos típicos nas refeições abundantes.
Masse você estiver com sobrepeso ou obesidade, há uma boa chance de que estejacarbo ou glutenviciado. O excesso de alimentos se torna ainda mais perigosoassociado a uma vida sedentária.
Aomudar seu estilo de vida, você reformulará o modo como o cérebro percebe acomida, então poderá mudar a resistência à insulina e conseguir a perda de pesoduradoura e uma maior sensação de bem-estar.
Retiradodo sítio Glúten e Obesidade